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Era uma vez um viajante cuja casa era o mundo. Curioso, algo sem raízes e fascinado pela diversidade do planeta, ele havia notado, sem saber ao certo quando, que ao partir sempre voltava diferente. Transformado. Possivelmente melhor do que quando foi.
A diversidade o fazia refletir, por meio do olhar dos outros, quem era e pretendia ser. Jornalista, adepto da força da palavra, meio (de)organizado, começou a escrever sobre o poder transformador das viagens em 2004, quando aos 21 anos deixou o pedaço de terra onde havia nascido para morar “fora” pela primeira vez. No México, fortuitamente, começou a escrever diários de viagem com periodicidade e temática indefinidas. A sua mãe, claro, dizia que seus textos deixariam Marco Polo –conhecido como o melhor contador de histórias de viagem da humanidade– orgulhoso em sua catacumba veneziana.
Doze anos depois dos seus primeiros escritos viajeiros, o pretenso pupilo de Polo voltou à ação. A matriarca teve grandíssima influência para que o andarilho, a essa altura depois de visitar mais de 40 países, criasse um espaço no infinito mundo da internet e pudesse compartilhar suas histórias. A proposta, desde o princípio era clara: inspirar e tornar mais fácil o encontro do maior número de pessoas com o mundo. Era o começo do blog.
O primeiro desafio, antes mesmo de convencer alguém a ler o que ele tinha dizer, era criar um nome que expressasse a alma do novo blogueiro, fugisse do lugar comum e encontrasse um espaço disponível na rede, www.quenomebotar.com.br.
Viajar, inspirar, aventura, destino, dicas, mundo, estrada… e muitos sinônimos vieram à mente, mas…
…mas num momento inesperado, pautado por uma banalidade qualquer, “eureka”! “Por que não Andar Andar?”, disse a incentivadora da empreitada , a mãe do escriba. Melhor impossível, ele pensou.
fotos: andanças pelo mundo com a maior incentidora deste blog
Andar Andar traduzia precisamente alguns atributos que eu procurava para o nome do blog: 1- era inspirador, 2- era abstrato e poético, 3- remetia a movimento, a um ato sem fim, que é viajar.
Mas Andar Andar era ainda mais: o nome de uma música do cantor Alceu Valença, de quem sou fã incondicional. Por meio de suas letras, Alceu para mim representa magistralmente o papel de andarilho, mesmo que eu nem saiba se viajar seja um dos seus maiores prazeres.
Nascido no interior de Pernambuco, Alceu conseguiu abstrair –parte do encanto de viajar– e sair pelo mundo por meio de sua música. Do local ao universal, ou do forró ao rock, do repente ao jazz, do frevo ao folk: ouça o “Maluco Beleza” e dê uma volta ao planeta sem sair de casa.
Minhas homenagens a esse gênio da MPB por contribuir com meu sentimento andarilho, do qual quero compartilhar com você e a minha querida mãe pela sugestão do nome deste pretensioso blog. Espero ajudá-lo(a) a Andar Andar.
Nao conhece Alceu Valença e curtiu a música? Sugiro assistir a esta coluna do jornalista Nelson Motta. Veiculada no Jornal da Globo em 2014, conta bem a história do artista que àquela altura completava 45 anos de carreira.