Para explicar o Brasil a um amigo estrangeiro, começo sempre por São Paulo. “É uma monstrópoles de 12 milhões que produz quase 15% da riqueza do país, onde há uma miscineganação extraordinária e também onde todos os dias cerca de 25 mil pessoas dormem na rua”. E onde, dizem as notícias, um líder dos trabalhadores sem-teto pode se tornar o próximo prefeito.
Se é brutal o fato de na cidade mais rica da América Latina milhares perambularem pelas calçadas todos os dias — um dado com que infelizmente nos acomodamos –, para mim foi surpreedente ler que 700 mil pessoas dormem de cara para o céu na Europa. E que esse número é 70% maior que em 2010.
Para afrontar o problema, que ao que parece só piora, o Parlamento Europeu publicou uma série de recomendações para o resolver até 2030. “Os Estados-Membros devem descriminalizar a situação dos sem-abrigo e proporcionar igualdade de acesso aos serviços públicos, como saúde, educação ou serviços sociais”, diz o documento.
As recomendações são claras e incisivas. Pedem que os governos assumam a responsabilidade em combater a falta de teto e trabalhem na prevenção de que mais pessoas passem a dormir nas ruas, assim como que haja intercâmbio de boas práticas entre os Estados-Membros. Diz ser essencial apoiar a inserção no mercado de trabalho por meio de assistência especializada, treinamento e programas específicos. Por último, o Parlamento Europeu apela à promoção do empreendedorismo social e de atividades que incentivem a inclusão ativa.
Até parece que a União Europea copiou o programa de um certo Guilherme. Este que será o próximo prefeito de São Paulo e ajudará milhares a se sentirem cidadãos, com teto, trabalho e comida na mesa.
Leia aqui o documento divulgado hoje pelo parlamento europeu.
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