Um anúncio impensável há até pouco tempo, quando o turismo na Espanha batia recordes ano após ano, é agora parte da nova normalidade: donos de hotéis de luxo que anunciam a venda de seus empreendimentos em páginas de segunda mão, entre móveis Ikea e serviços domésticos.
A situação é desesperadora para quem vive do setor no segundo país mais turístico do mundo e que viveu o pior verão da história. Com pouca esperança de que as visitas vão aumentar nos próximos meses, enquanto começamos a ouvir a expressão “terceira onda”; com a solvência derretendo e a necessidade de gerar caixa, as ofertas de hotéis em toda a geografia espanhola são cada vez mais comuns em páginas que também anunciam o aluguel de quartos em apartamentos ou a venda de quitinetes.
Leio no Diário ABC que os fundos de inversão, especialistas em comprar propriedades na bacia das almas, estão esperando o melhor momento de atacar, como uma sucuri que pouco a pouco asfixia sua vítima antes de engoli-la. Na prática, diz o jornal, esperam descontos de uns 50% do preço que marcam hojem os proprietários.
Não deve demorar muito para isso acontecer. Com uma queda de chegadas 80% até setembro em relação ao mesmo período do ano passado e com três de cada quatro hotéis fechados desde março, quando o país anunciou o estado de alarme e fechou as suas fronteiras, muito brevemente o saldão começará com mais força. E aí, tem 150.000.000 € para investir?
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