Todos os anos, a Organização de Consumidores e Usuários (OCU) vai a hipermercados e supermercados em todas as capitais de província espanholas e em outras grandes cidades (65 no total) para registar o preço de 229 produtos alimentares, drogarias e de higiene, tanto de marcas de fabricantes como marcas próprias. A cesta da OCU inclui essa cesta somada a alimentos frescos.
Em 2020, nos resultados por lojas individuais, a OCU confirmou o que imagino muitos dos leitores desconfiavam: a rede Alcampo é a economia. Nove dos dez estabelecimentos mais baratos pertencem a esta rede, a começar pelo hipermercado Coia, em Vigo. No extremo oposto, as lojas Sánchez Romero, de Madri, são cerca de 80% mais caras do que Alcampo de Vigo.
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Como muitos supermercados fazem parte de redes, a OCU também calculou os índices de preço por cadeias. A mais barata é a Dani, com sede em Granada. A nível nacional, a mais barata é Alcampo.
A pesquisa indicou que quase todas as redes aumentaram os preços. Entre as redes nacionais, os piores resultados foram os da Mercadona (3,7%) e Alcampo (3,2%), enquanto o Carrefour (-0,2%) e as redes do grupo El Corte Inglés fizeram o maiores esforços de contenção. Apesar da subida, como já sublinado, Alcampo continua a ser a melhor opção de compras nas 30 cidades do estudo, seguido por Mercadona e Carrefour.
Os vilões do preço
Os alimentos in natura são os produtos que mais contribuíram para a elevação do custo da cesta básica da OCU. Ficaram, em média, 5% mais caros nas redes analisadas. No caso do Mercadona, o aumento chegou a quase 8%. É muito negativo que os produtos frescos, essenciais para uma alimentação saudável, sejam os mais caros nestes tempos difíceis.
No outro extremo, os menores acréscimos (+ 1,4%) são os de produtos de baixo custo, geralmente marcas próprias. Nos primeiros momentos de crise econômica, os supermercados tentam conter os preços para não perder clientes.
Veja aqui os resultados do estudo no site da OCU
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