Uma reportagem recém-publicada na versão online do jornal El País nos conta que a China acelera a corrida para evitar a covid-19. Depois de registrar ontem sua primeira patente oficial, hoje foram revelados detalhes sobre outra promissora linha de pesquisa. A vacina experimental em que trabalha o Grupo Farmacêutico Nacional Chinês (Sinopharm) poderá estar pronta para comercialização antes do final do ano, “provavelmente em dezembro”, segundo seu presidente-geral, Liu Jingzhen. “Esperamos que cada injeção custe algumas centenas de yuans (moeda local), e o tratamento completo –requer duas doses–, menos de 1.000 (120 euros, R$ 780).
Em comunicado divulgado ao tablóide oficial Global Times, a instituição informou que os 1.120 voluntários que receberam a vacina na primeira e na segunda fase dos testes geraram anticorpos contra o covid-19 após duas doses. “A vacina tem se mostrado eficaz e segura”, afirma o texto. Os resultados mostram que induziu anticorpos neutralizantes com eficácia e demonstrou boa imunogenicidade – ou seja, a capacidade de uma substância de desencadear uma resposta imunológica. O trabalho de pesquisa também avaliou a segurança do composto e concluiu que não foram observadas reações adversas graves. As mais comuns limitavam-se a dor no local da injeção seguida de febre, ambas leves. (segue depois da publicidade)
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Agora iniciará sua terceira e última etapa de testes em maior número de voluntários, que serão realizados nos Emirados Árabes Unidos. O objetivo é reunir evidências médicas que comprovem sua eficácia e, assim, obter a aprovação final dos órgãos reguladores. O calendário adiantado pela Sinopharm estabelece que esta terceira fase poderá ser concluída neste mês de agosto, seguida de uma observação médica em setembro cujos dados definitivos seriam divulgados em outubro. A vacina poderia então receber autorização oficial e começar a ser distribuída no mesmo mês. De acordo com a mídia oficial, sua planta industrial em Pequim é o maior centro de fabricação de vacinas contra covid-19 do mundo, à qual se acrescenta um segundo complexo em Wuhan. Com isso, a empresa teria condições de produzir 200 milhões de doses por ano, o que imunizaria 100 milhões de pessoas por ano.
Os demais países, por sua vez, continuam seus esforços. O registro internacional da Organização Mundial da Saúde (OMS) já contabiliza 167 vacinas experimentais contra covid: 29 delas estão em fase de avaliação clínica e seis em última fase de experimentação. O pesadelo pode estar perdo do fim.
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