Os termômetros de Barcelona se aproximam dos 40 graus. Estamos no apogeu do verão no Hemisfério Norte. Mas na Rambla, o termômetro do comércio da cidade, parece haver uma ilusão de ótica: neste lugar onde conseguir uma mesa em qualquer bar ou até mesmo caminhar era um martírio em agosto, o mês mais concorrido do ano, agora há silêncio, vazio e preocupação. 70% dos comércio segue fechado, muitos jamais reabrirão e os que esperam uma melhor oportunidade renegociam o aluguel no espaço mais caro da cidade. A situção é crítica, como nos conta uma reportagem do jornal El Diário.
Somada à falta de turistas, a ausência de grande parte dos trabalhadores de escritório da cidade, muito deles realizando teletrabalho, aumenta ainda mais o drama.
“Faturamos um quinto do que vendemos em agosto passado”, diz um dono de banca de revista, que com o tempo se transformou em banca de souvenirs. Outro, dono de um bar, contou ao jornal que o movimento caiu incríveis 97%, de 6 mil a 200 euros diários.
Entre os residentes de Barcelona, conta a reportagem, o sentimento é agridoce. Por um lado, comentam sobre a alegria de recuperar uma rua que os turistas arrebataram dos barceloneses. De outro, compartilham a dor de ver a rua mais famosa da cidade sem alma e vazia como ninguém jamais a tinha visto.
A pandemia de covid-19 vai deixando seu rastro em todos os setores, da saúde ao comércio; do luto à sanidade mental da humanidade. A boa notícia é que, nós, humanidade sobreviveremos. Ao menos desta vez…
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