Que o subsolo do inferno é o limite de Donald Trump, não faz falta que o diabo nos diga. Egocêntrico como nenhum outros dos 7,8 bilhões de habitantes do planeta, Trump mesmo se encarrega de verbalizar. Numa entrevista transmitida na HBO americana ontem, falando sobre sua gestão da pandemia de covid-19, ele foi eloquente: “estou fazendo um trabalho extraodinário”.
“Isso nunca aconteceu antes. Mil novecentos e dezessete (Gripe Espanhola), mas era totalmente diferente, era uma gripe naquele caso. Se você assiste às notícias falsas na televisão, elas nem falam sobre isso, mas há 188 outros países no momento que estão sofrendo. Alguns, proporcionalmente muito mais do que nós”.
Trump então mostrou alguns gráficos inacreditáveis. Segundo ele, comparando-se com outros países, os Estados Unidos vão muito bem, já que têm menos mortos por casos confirmados que outros lugares O repórter, claro, discordou dos argumentos de Trump e perguntou sobre o número total de mortos, quase 155 mil, o maior do mundo. Irritado, o presidente disse: “É o que é”. Uma entrevista histórica de um presidente que deve entrar que deverá ser descrito nos livros –se eles resistirem até lá– como o mais caótico que ocupou a Casa Branca. Veja:
