Começa o verão no hemisfério norte! Hoje, 20 de junho, é o solstício na banda setentrional do planeta, culminando no dia mais longo do ano. O Observatório Astronômico Nacional Espanhol informa que o último raio de sol brilhará aqui às 23h43 (hora de Madri).
O solstício de verão ocorre uma vez por ano, quando o semi-eixo do hemisfério norte está no ponto mais próximo do Sol. A inclinação da Terra neste ponto é 23º26 ‘, o máximo que nosso planeta pode alcançar, por isso há mais exposição à luz da estrela.
O dia do solstício muda a cada ano, mas sempre acontece entre 20 e 22 de junho. No ano passado, a mudança de estação ocorreu em 21 de junho. Depois desse marco, a duração dos dias diminui até atingir o mínimo no solstício de inverno, que este ano ocorrerá na segunda-feira, 21 de dezembro, no hemisfério norte.
O Solstício de Stonehenge: a vista mais espetacular da sua casa
Este ano, devido às medidas tomadas diante da pandemia de coronavírus, os turistas no Reino Unido não poderão curtir uma das vistas mais curiosas do ano: o nascer do sol em Stonehenge.
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A associação English Heritage, encarregada de gerenciar as visitas a Stonehenge, solicitou que as pessoas não fossem ao local monumental para respeitar as medidas de segurança. A visita lá é peculiar nesse dia porque durante o amanhecer do solstício de verão, se o visitante se coloca no centro do círculo de pedras, o Sol nasce na “Pedra do Calcanhar” (Heel Stone), uma rocha solitária ao lado do complexo pré-histórico, e brilha entre as lacunas formadas pela construção. Um processo semelhante ocorre no solstício de inverno, o que levou à conclusão de que as pedras foram levantadas por volta de 2.500 a.C. para marcar essas duas datas do ano. Este ano, o English Heritage transmitirá por suas redes sociais (abaixo) o crepúsculo do dia 20 e o amanhecer de 21 de junho, algo que normalmente não acontece devido ao grande fluxo de pessoas.
Stonehenge
Do Wikipedia: Denominado pelos saxões de hanging stones (pedras suspensas) e referido em escritos medievais como dança dos gigantes, existem diversas lendas e mitos acerca da sua construção, creditada a diversos povos da Antiguidade.
Uma das opiniões mais populares foi a de John Aubrey. No século XVIII, antes do desenvolvimento dos métodos de datação arqueológica e da pesquisa histórica, foi quem primeiro associou este monumento, e outras estruturas megalíticas na Europa, aos antigos druidas, promovendo ideias que difundiram-se na cultura popular do século XVII, mantendo-se até aos dias atuais.
Na realidade, os druidas só apareceram na Grã-Bretanha após 300 a.C., mais de 1500 anos após os últimos círculos de pedras terem sido erguidos. Algumas evidências, entretanto, sugerem que os druidas encontraram os círculos de pedra e os utilizaram com fins religiosos.
Outros autores sugeriram que os monumentos megalíticos foram erguidos pelos romanos, embora esta ideia seja ainda mais improvável, uma vez que os romanos só ocuparam as Ilhas Britânicas após 43, quase dois mil anos após a construção do monumento.
Somente com o desenvolvimento do método de datação a partir do carbono-14 se estabeleceram datas aproximadas para os círculos de pedra. Durante décadas, não foram formuladas explicações plausíveis para a função dos círculos, além das suposições de que se destinavam a rituais e sacrifícios.
O mais famoso monumento da pré-história pode ter sido um centro de cura, para onde iam peregrinos, há mais de 4.500 anos. A afirmação é de um grupo de arqueólogos que trabalha nas primeiras escavações em mais de 40 anos no monumento. O grupo acredita ter encontrado indícios que podem finalmente explicar os mistérios da construção de blocos de pedra. A equipe descobriu um encaixe que, no passado, abrigou as chamadas pedras azuis, rochas vulcânicas de tom azulado, a maioria já desaparecida, que formava a primeira estrutura construída no monumento. Eles acreditam que as pedras azuis podem confirmar a tese de que Stonehenge era um local onde as pessoas iam em busca de cura.
Em 2013, um grupo de estudos da Universidade College London levantou uma nova teoria de que Stonehenge pode ter surgido como um cemitério para famílias de elite, por volta do ano 3000 A.C. Estudos de restos humanos encontrados no local, indicam que, antes do monumento ser o que hoje se conhece, havia ali um grande círculo de pedras construído como um cemitério.
Enquanto o solstício de verão ocorre no hemisfério norte, o oposto ocorre no sul, dando início ao inverno. Em 21 de dezembro, ocorre o contrário: é tempo curtir o calor no hemisfério sul. É hora de aproveitar o verão no Brasil.
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