O post anterior — sobre como, estando na Europa, voar para muitas cidades do continente gastando muito pouco — foi um dos mais vistos até hoje no blog. A seguir, compartilho outras cinco dicas para que o Velho Continenete caiba melhor no seu bolso.
1- Fique num hostel
Faz muito tempo o senso-comum em relação aos hostels (albergues) mudou na Europa. Esqueça espeluncas desconfortáveis, mal-cheirosas, caindo aos pedaços, longe do que importa, e mentalize lugares cômodos, com design arrojado, perto da ação, onde se pode pagar pouco e receber mais do que se espera. Já paguei 15 euros para ficar sozinho num ótimo quarto em Atenas –por sorte, já que o quarto era compartilhado, mas não havia ninguém –, ou 20 pra compartir espaço com outro hóspede num hostel maravilhoso no Bairro Alto, em Lisboa.
ps.: praticamente todo hostel tem quarto privado
Se você quer mais privacidade, alugar um apartamento em páginas como Airbnb é outra boa opção. Pode-se conseguir um piso luxuoso inteiro, bem localizado, com dois quartos, pelo preço de um espaço em hotéis pouco estrelados.
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A vantagem dos hosteles sobre as casas de aluguel e sobre hostels é que, por serem quase sempre por locais muito antenados com a cidade, você receberá dicas úteis e, muitas vezes, descontos valiosos para passeios, restaurantes, boates e festas do lugar.
2- Reserva hospedagens com cancelamento grátis
Viajantes com grana contada e rota em aberto — principalmente por terra, já que comprar passagem aérea ao longo da viagem é caro — muitas vezes têm oportunidade de mudar de plano ao longo do caminho e economizar um bom dinheiro com isso. Uma promoção aérea de última hora para um novo destino, um amigo que oferece hospedagem de graça num lugar fora do traçado, um passeio gratuito que surgiu para um dia depois da partida prevista. Seja qual for o motivo para mudar de planos, tente reservar o máximo de hospedagens onde se possa cancelar a reserva de hospedagem sem pagar nada por isso. Geralmente, essa opção é possível desde que você avise dentro de um limite de tempo — geralmente até 48 antes da chegada. Portanto, cheque as condições antes de garantir um lugar.
3- Compre sua passagem na melhor hora
Embora não exista uma regra fixa, posts de buscadores de passagens — como o Skyscanner, o maior do mundo — apontam que a data ideal para comprar passagem aéreas numa cia low coast é entre 28 e 18 dias antes do voo. Fique atento a esse prazo. Por outro lado, posso afirmar: deixar para comprar a partir de uma semana antes sempre será um mau negócio.
4- Viaje somente com bagagem de mão
As aéreas low cost européias sempre cobram para que você despache mala ao comprar a modalidade de bilhete mais barato. E geralmente há uma relação direta: quanto mais barata a passagem –os bilhetem se dividem em classes, e cada classe tem regras próprias –, mais caro será levar sua mala ao bagageiro. Para evitar sustos e economizar, o ideal é levar apenas um peça de mão. Para conseguir esse feito — será histórico, né, mulherada? –, há duas boas opções: 1- checar se suas hospedagens têm máquina de lavar — se também secar, ainda melhor — e utilizar o serviço, evitando assim trazer muita roupa; 2- abusar de compras em lojas de fast fashion (H&M, Primark, Zara) pelo caminho e doar as peças antes de ir ao próximo destino. Acredite: além de uma boa ação, muitas vezes será mais barato que ter que despachar as malas.
5- Simule sua viagem por ar, terra e mar
Viagens de avião pela Europa costumam ser uma barbada, mas podem custar caríssimo se a passagem for comprada de última hora — última hora significa a partir de uma semana antes. Caso queira mudar seu itinerário no meio do caminho ou, entre onde está e o próximo destino comprado queira conhecer um lugar extra, a dica é checar todas as opções — e costumam ser muitas — para chegar lá. Ônibus, aluguel de carro, trem, Blablacar (carona paga, vejaaqui), barco, etc.
Por exemplo: Digamos que você esteja em Bruxelas com passagem de avião comprada para Berlim, seu próximo destino. Se, em Bruxelas, quiser visitar Amsterdã e voltar à capital da Bélgica para seguir viagem, certamente sairá mais barato ir de ônibus –são 2h30 de trajeto– ou trem do que fazer um bate e volta de avião.
Em qualquer caso, abuse do Google e dos locais para saber quais as opções para chegar a um destino não planejado.
6- O que tem pra fazer de graça em…?
Pergunte ao oráculo Google e tenhas respostas surpreendentes, seja onde for. O certo é que todas as cidades têm lugares, atividades e atrações grátis. Ou ao menos grátis em algum horário do dia ou em algum dias da semana. Neste último grupo, por exemplo, estão alguns dos maiores e melhores museus do Continente. Visitar o Prado — o Museu Nacional da Espanha — custa 15 euros geralmente; ou a metade, se você entrar faltando a partir de 2h para o fechamento. Pesquise!!!
7- Prove o sabor local junto aos locais
A gastronomia é sem dúvida parte da identidade de qualquer lguar. Para prová-la da melhor maneira, antes de sentar numa cadeira de restaurante, olhe ao redor se seus potenciais companheiros de mesa são turistas ou locais. Se forem do primeiro grupo, você deve estar num lugar mais caro que a média dos frequentados por locais. E mais: como muitos desses lugares têm lotação garantida devido à localização cerca de atrações turísticas, não se preocupam muito com a qualidade do serviço e com o sabor da comida. Lembre-se ainda que em alguns lugares, como a cara Paris, a água — potável — da torneira é grátis, vale a pena perguntar.
