A Europa planeja reabrir suas fronteiras externas a partir de 1º de julho, mas de maneira muito seletiva. A retirada de restrições para fins de transporte internacional de passageiros beneficiará, de momento, um pequeno grupo de países, cujo processo de seleção deve ser concluído ainda hoje, ou mais tardar, no início da próxima semana, informa o jornal El País.
Exceto se houver alterações de última hora, a lista manterá o veto de viajantes de vários países, incluindo o Brasil, Estados Unidos, Rússia, México, Argentina, Peru, Chile, Arábia Saudita, África do Sul ou Cingapura. O veto não afetará os cidadãos europeus que retornam dos países considerados inseguros. Nem, ao que parece, brasileiros ou cidadãos de países considerados inseguros que venham de lugares aprovados e que possam comprovar residência ou que estavam nesses territórios por dias.
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Segundo o jornal, as autoridades consideram essencial elaborar uma lista comum para impedir que cada parceiro reabra unilateralmente a países terceiros que julgar apropriados, uma falta de coordenação que pode forçar a reintrodução de controles nas fronteiras internas e comprometer a viabilidade da zona Schengen.
“Extrema cautela”, aponta uma fonte do Conselho da UE, poucas horas antes de os representantes dos 27 estados membros retomarem as discussões sobre a lista. A Espanha está entre os países que defendem uma seleção muito restritiva para evitar o risco de importação de surtos de áreas onde a epidemia ainda parece descontrolada.
Critérios objetivos
A Comissão Europeia propõe que a abertura se baseie em critérios tão objetivos quanto possíveis, como o número e a tendência de novas infecções; medidas de teste, rastreamento e contenção; ou os padrões de segurança e distância aplicados em aeroportos e companhias aéreas. Obter e verificar dados, no entanto, não é fácil. Mesmo na UE, as estatísticas sobre a evolução da pandemia são difíceis de verificar, porque cada país calcula os dados com seus próprios critérios e o número de testes dependendo da população também é diverso.
Estamos atentos a qualquer novidade sobre a abertura das fronteiras para brasileiros.
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