Quem escolhe Madri como destino de férias, deve(ria) saber: a cidade até pode servir para descansar a alma, mas o corpo…Madri é incansável, frenética; mas ao mesmo tempo relaxada, contemplativa. Para mim, aliás, esse é um dos seus maiores encantos.
A vida na rua, entre amigos, é parte básica da rotina dos madrilenhos –e por inércia dos frequentadores da cidade. É “Ir de marcha”, como eles chamam “sair”. Ao pisar em alguns dos 604,3 km² da terceira mais populosa cidade europeia — atrás de Berlim e de Londres — , você se dará conta rapidamente: esse lugar um burburinho sem fim. De segunda a domingo, de janeiro a dezembro, da meia noite ao fim do dia, a vida está na rua.
Se a sua ideia ao vir é acompanhar o ritmo local, a melhor zona para servir de base é o destrito centro, um dos 21 da cidade. E no centro, para mim, o lugar para estar é…Malasaña.
Malasaña
De bunker marginal artístico espanhol a bairro hipster onde naturalmente tudo — da moda a hábitos –, acontece primeiro, é fácil notar, até com poucos dias transitando pela zona: Malasaña é camaleônica e autêntica. Xodó dos locais de vários tribos, por esses dias é ponto de encontro diário de famílias — no mais amplíssimo sentido da palavra — fascinadas com restaurantes modernos, lojinhas que vendem de tudo, — e tudo com muito estilo–, bares de toda a vida, mercadinhos…
É um lugar para ser desbravado a pé, já que as ruas estreitas para carros e de calçadas amplas, sem meio-feio, privilegiam passos despreocupados. Estando aqui, caminhe devagar por suas ruazinhas que parecem ter personalide própria e faça uma pausa por suas praças animadíssimas.
Olhe para o alto, onde edifícios baixinhos — a maioria do século 19–, capazes de deixarem urbanistas e arquitetos com a puplia dilatada, misturam-se com muros de grafites de mensagens politizadas, engraçadas, transgressivos. A quantidade de anúncios de festas, peças de teatro, musicais e acontecimentos mais improváveis –como uma peça de teatro cujas atrizes lésbicas prometem encenar sexo ao vivo –, segundo o cartaz, podem ser muito proveitosos para montar uma agenda mais insider. Depois de anotar sobre o evento na parede, aproveite e olhe para cima. Um céu quase sempre sem nuvens o(a) espera. Ao voltar sua cabeça para uma mirada horizontal, você voltará a dar de cara com gente de todas idades que não abre mão de usar a roupa como forma de expressão, de identidade, de personalidade.
De onde vem o nome Malasaña?
Antes Universidad; e Maravillas — nombre de um convento de carmelitas que ainda existe (entre as calles Palma e San Pedro), na década de 1980 o bairro começou a ser chamado por seus moradores de Malasaña. Era uma reverência ainda maior à família Malasaña, que desde 1879 já era nome de rua na zona por ter participado ativamente do levante de 2 de maio de 1808 contra as tropas de Napoleão Bonaparte, que àquela altura castigava a Espanha. Em 1961, a rua passou a ser chamada Manuela Malasaña em homenagem a uma jovem costureira integrante da família. Manuela ganhou notariedade à medida que as circunstâncias da sua morte foram conhecidas. Acusada de portar arma por levar sua tesoura de costura pelas riuas do bairro, ela foi presa e assassinada pelas tropas. Manuela foi enterrada na Hospital de la Buena Dicha, na Calle Silva, uma das mais conhecidas do lugar que hoje leva seu nome.
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