Céu liquidificador: em menos de 24h, duas fortes turbulências viram notícia
Viajar de avião nunca será um evento confortável, mesmo para que vai perto do piloto, na primeira classe. Comprar a passagem, chegar ao aeroporto, fazer o check-in, passar por raio-x, encontrar o portão de embarque, escutar a sempre tumultuada chamada de grupos, contar com a sorte na loteria do vizinho de poltrona, são apenas alguns dos possíveis estresses para começar a história, ainda em terra firme.
Se no solo muita coisa pode dar errado, lá em cima quase nunca o céu é de brigadeiro. Ainda mais para quem decidiu não se amarrar.
“Senhores passageiros, estamos passando por uma turbulência, por favor atendam ao aviso de afivelar o cinto!”, o aviso de sempre capaz de deixar o ambiente ainda mais claustrofóbico, deve mesmo ser dito em alto e bom tom, como deixam claro as imagens abaixo.
Elas mostram danos físicos e materiais causados pelo céu de liquidificador enfretando por dois voos na última semana. A distância entre as duas rotas foi um lembrete: as nuvens do globo são aleatórias em sua fúria.
Em um voo da Avianca que seguia de Lima, no Peru, para Buenos Aires, na Argentina, uma turbulência inesperada –com a teconologia atual, os radares muitas vezes conseguem atencipar o que vem pela frente– quando o boeing passava pela Cordilheira dos Andes, deixou oito comissários e quatro passageiros feridos. Além de avarias por todos os lados no avião.
Sobrevando a Baía de Bengal, na rota entre Londres, na Inglaterra, e Kuala Lumpur, na Malásia, a tremedeira repentina para os mais de 200 passageiros montados numa aparelho da Malaysia Airlines foi ainda aterrorizante: 34 clientes e seis tripulantes se acidentadaram, e não foi difícil encontrar lugares na cabine para compartilhar fotos dos danos na aeronave.
Ao contrário do voo que cruzava a América do Sul, o piloto que conduzia a aeronave a 30 e poucos mil pés sobre o Oceano Índico havia acionado o aviso de afivelar cintos dois minutos antes do início da turbulência, minimizando os danos. Segundo vários relatos dos ocupantes na internet, o avião nem deu indícios do que viria pela frente, chacoalhando, mas desabou metros repentinamante causando pânico geral.
Em meio ao susto para os passageiros e a lembrança para nós sobre a importância de usar o cinto o máximo de tempo possível, há um consolo: turbulências são irritantes, amedrontam e até machucam, mas não derrubam nenhum avião.
ps.: às vezes somos avisados sobre colocar o cinto, mas vemos as aeromoças seguirem em pé. Segundo os entendidos, para saber o tamanho do problema que vem pela frente ao sermos avisados de uma turbulência iminente, basta manter os olhos na tripulação. Quando uma tremedeira mais forte ou qualquer outro sintoma de um imprevisto — como perda de altitude causada por uma falha mecânica — vem pela frente, todos is tripulantes se protegem. Ou seja: se ver aeromoças e comissários sentados, prepare-se para uma agonia um pouco maior.
ps2: Para motivá-los a afivelar os cintos, no post seguinte compartilharemos o Oscar dos melhores avisos de segurança de cias aéreas mundo afora. O vídeo abaixo, da Virgin Atlantic, sem dúvida é um dos mais conhecidos de todos os tempos.
https://www.youtube.com/watch?v=DtyfiPIHsIg