Tomatina, a guerra de tomates espanhola

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A festa

Toda última quarta-feira de agosto, há um guerra marcada em Buñol, uma cidadezinha de 10 mil habitantes em Valência, comunidade autônoma –equivalente a um estado brasileiro– costeira espanhola. É uma batalha vermelha, mas nada sangrenta, que atrai a cada ano mais e mais soldados em busca de diversão. Em 2015, por exemplo, “La Tomatina”, a guerra de tomates, trouxe 40 mil combatentes, de 90 países, ao vilarejo de ruas apertadas. Eles ajudaram a celebração a deter o título de “a maior guerra de alimentos do mundo.” 

Nem sempre foi assim. O número de alistados hoje é duas mil vezes maior que o do primeiro confronto, em 1945 –ano em que terminou outra guerra, essa sim sem motivo nenhum para ser celebrada.

Naquela ocasião, acredita-se que cerca 20 pessoas começaram uma guerra de tomates na praça da cidade. Elas teriam se irritado ao serem impedidas pelos organizadores de seguir o desfile dos “Gigantes y Cabezudos”, a festa mais popular do lugar até então, na qual figuras gigantes com cabeças grotescas percorrem o centro da cidade.

Aproveitando-se de uma quitanda cheia de caixas com tomate abertas, eles iniciaram uma revolta bem-humorada contra os detratores, prontamente interrompida pela polícia, que multou os guerreiros a pagar a conta pela sujeira.

No ano seguinte, parte do grupo e novos integrantes repetiu o feito, desta vez trazendo tomates de casa. Mais uma vez, eles foram detidos. Ano após ano, mesmo proibida, a guerra foi crescendo, até que em 1957 os realizadores foram avisados de penalidades mais duras caso sujassem a cidade no dia do desfiles. Irônicos, decidiram então fazer um enterro simbólico dos tomates.

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Percebendo a geniosidade dos organizadores e a possibilidade de fazer o acontecimento se popularizar, a prefeitura voltou a permitir a batalha –a essa altura totalmente cômica– em 1959, mas impôs várias condições. Delimitar o espaço da sujeira e o horário dos arremessos –11h ao meio-dia– entre elas.

A festa seguiu crescendo, virou reportagem mundo afora, atraiu patrocinadores e turistas, que cada vez chegavam em manior número. Eram tantos –45 mil– em 2013, que o prefeito resolveu limitor a quantidade de participantes para o ano seguinte. A maneira encontrada foi cobrar entrada –10 euros– e limitar a quantidade de ingressos disponíveis a 22 mil.

Somente o inusitado motivo pelo qual a festa acontece é um ótimo motivo para ir, mas saiba: a Tomatina é muito mais que atirar e levar tomates. Você estará acompanhado de gente jovem do mundo inteiro para uma semana de festas. Sim, uma semana, já que a Tomatina acontece na última-quarta feira de agosto, dentro da semana de festividadess de Buñol.

A semana homenageia os padroeiros da cidade, San Luis Bertrán e La Virgen de los Desamparados, com festas, procissões, concursos gastronômicos e várias outras ativididades.

Ah, e como não lembrar. Tudo isso acontece no auge do verão euroupeu, quando os corpos estão à mostra e a azaração corre solta pelos becos de Buñol.

Quando

A guerra de tomante acontece na última quarta-feira de agosto, entre 11h e 12h, mas da segunda-feira anterior ao domingo anterior há celebrações da “semana de fiestas de Buñol”.

Onde

Buñol, na província de Múrcia, oeste espanhol.

Por que ir?

Para viver uma das festas mais inusitadas, internacionais e com gente bonita do verão europeu.

O que você precisa saber

Desde 2013, é preciso comprar entrada para a guerra de tomates. Antecipe-se, já que são limitados a 22 mil e sempre se esgotam vários dias antes da festa. Compre sua entrada aqui. A página da festa também tem um guia prático sobre como aproveitar melhor a Tomatina.

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