O gosto por viajar é uma qualidade do ser-humano.
Andamos. Andamos desde sempre.
Mas por que será?
Há várias boas pistas.
Dizem que nos mexemos para satisfazer uma curiosidade. Para enfrentar nossos medos. Para se aventurar no desconhecido. Para sair da rotina e mudar as nossas circunstâncias.
É realizador se sentir estranho e então se reencontrar.
A gente vai muitas vezes com vontade de fazer amigos. Ou para esquecer um pouco os inimigos.
Somos atraídos por paisagens exóticas. E queremos ver com nosso olhos imagens que nos mostraram no cinema e na televisão.
Aliás, se tem uma palavra adequada para viajar em nosso tempos é mostrar.
Ou compartilhar. Vamos em busca de likes em redes sociais e damos vazão ao nosso narcisismo.
Na primeira andança que faço depois de criar o Andar Andar, escolhi um dos lugares que, nesses dias, certamente muita gente quer passar longe.
É de certa forma um manifesto para dizer que uma boa viagem não é feita somente de descanso nem de turismo. Que o melhor de ir é conhecer gente, aprender, ensinar e compartilhar pelo caminho.
Ainda mais quando o caminho é conturbado, o que significa mais esforço, mas também maior atenção sobre todas as possibilidades possíveis de viver. Ou de sobreviver.
E de viajante é fácil se sentir testemunha.
Afinal de contas:
Quem nao gosta de se sentir parte da História?
Com h maiúsculo.
É emocionante visitar a emblemática Venezuela.
