A idéia é simples, como simples são as idéias geniais: motoristas anunciam sua próxima viagem num veículo com vagas livres; passageiros sem carro que querem ir para o mesmo lugar se oferecem para irem juntos pagando parte dos custos. Uma plataforma conecta-os, permitindo que o motorista economize e os passageiro chegue aonde deseja — quase sempre paguando menos do que se tivesse subido num ônibus. É assim que funciona o BlaBlaCar, um serviço criado na França em 2006 e que desembarcou no Brasil em dezembro do ano passado.
O sistema é seguro: os motoristas e caroneiros precisam se identificar na plataforma, um filtro natural contra abusos. Paga-se online à empresa — que fica com uma comissão — e repassa o dinheiro ao condutor quando a viagem é concluída. Caso o passageiro ou motorista anulem a viagem, são penalizados.
O Blablacar já faz sucesso em 20 países. De tão usado na Espanha — onde cada vez menos gente tem carro –, é cada vez mais comum alguém dizer “fiz um BlablaCar” para dizer como chegou ao destino.
Fui de Madri a Lisboa uma vez usando o serviço. Encontrei-me com o motorista no lugar previamente estabelecido e juntos viajamos cerca 5h. Custou-me 25 euros.
No Brasil, ainda não subi no carro de um desconhecido. Simulando algumas rotas, notei que ainda há pouca oferta por aqui. Desconfio que, assim como o cada vez mais popular aluguel de apartamentos por dárias — cujo maior sucesso é o Airbnb –, o excelente serviço compartilhado deve engrenar em breve por aqui. É uma boa opção para andar, andar.